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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Secretary - Capítulo 8


(n/a: Você não precisa necessariamente ouvir as músicas citadas nesse capítulo, fica a sua escolha.)

- Fala sério que você ainda ouve aquelas bandas? Oasis? Incubus? - Cam tinha uma expressão de surpresa que me divertiu. 
- Escuto tudo que escutava antes, qual é o problema? - olhei para o lado, vendo a bela vista de Los Angeles da janela do restaurante que estávamos. Depois de uma volta por vários lugares dali, estávamos famintos e Cam resolveu me levar naquele restaurante para comer algo. Era um restaurante bem bonito e com dois andares enormes, estávamos no segundo, que possuía aquela vista. 


- Nenhum, só é estranho... - ele colocou a mão no queixo, refletindo sobre algo. Cameron era interessante, devo dizer. Sei lá, algo nele parecia atraente, talvez a pinta de intelectual ou a sensualidade exposta mesmo, um belo conjunto. 
- Ah, tá, quando a conversa sair do assunto "Que bandas a Demetria ouve" me avise! - eu ri, terminando meu champagne. Champagne me lembrava uma pessoa... Eu precisava de foco! 
- Meu Deus, se há seis anos alguém tivesse me dito que hoje eu estaria em Los Angeles, jantando com você... - nossos olhares se encontraram e eu percebi algo neles. Era mais do que óbvio. 
Cam estava caidinho por mim. 
O que era completamente bizarro, digo, desde o nosso reencontro, não tivemos nenhum tipo de contato corporal mais forte, acho que em grande parte do tempo o contato foi visual, mas ele sempre foi fraco quanto a isso. Um par de pernas descobertas e lá está Cameron Wolfe babando sem pedir permissão. O que me lembrava que eu não poderia brincar com ele como eu gostaria. Ah, quem me dera estar em Los Angeles por vontade própria, ir onde eu quisesse, fazer o que eu quisesse. Mas infelizmente não era assim, eu tinha que obedecer ordens, ou... 
- Já estou satisfeito! - ele me acordou daqueles pensamentos, pisquei os olhos algumas vezes, o vendo pedir a conta. - Sabe, não acabou ainda... Vamos para algum lugar. Que tal uma boate? 
Boate de novo? Eu poderia até pegar trauma desse jeito... 
- Depende... - me fiz de difícil. Era legal ser assim com ele, depois de tudo. 
- Se eu te disser que estou com duas entradas para a Villa Lounge, o que vai dizer? 
Pera aí... Ele tinha falado Villa Lounge mesmo? Não, não pode ser... Não era aquela boate onde várias celebridades frequentavam? Como ele conseguiu isso? Não que eu fosse interesseira, mas não tinha como negar aquilo. 
- Eu diria que aceito com uma condição. - cruzei minhas pernas, as deixando amostra. Cam olhou para elas, não se importando que eu percebesse aquilo. 
- O que você quiser! - se aproximou, me olhando nos olhos. 
- Nós vamos e depois que sairmos de lá, você vai fazer aqueles passinhos dos Backstreet Boys, isso mesmo, aqueles que fazia na escola. - Ri alto, me lembrando de quando estávamos no segundo colegial e ele dançou, se não me engano, "Everybody" só de boxer, no meio da educação física. Eu era do jeito que era, então tudo que consegui fazer foi olhar aquilo e sair de perto. Eu já gostava dele, mas sentia vergonha em ver um garoto naqueles trajes. 
Nos tempos que estávamos atualmente... É, seria muito diferente. 
- Não, você não pode ter lembrado disso... - Cam colocou uma das mãos nos rosto, fingindo estar com vergonha. - Na rua? 
- Olha só, pra você ver que eu sou boazinha, aceito ver isso sem ninguém por perto, tipo... Entre quatro paredes... - mordi o lábio, desabando a rir em seguida, deixando claro que aquelas não eram minhas reais intenções. Mas bem, deixe ele pensar o que quiser. 
Ele sorriu malicioso, se levantando e indo até mim, estendendo sua mão para que eu a segurasse. Fiz isso, me levantando. Depois dele ter pagado a conta, saímos do restaurante, sentindo a noite fria. Ok, isso não era esperado. 
- Que frio! - eu disse, chegando mais perto dele. 
- Tá quente dentro do carro e logo você não vai mais sentir esse frio todo, Demi! - Hm, que ousadia era essa? Primeiro insinuar que logo eu deixaria de sentir frio, isso poderia ser interpretado de dois jeitos... E depois me chamar pelo apelido? Cameron, Cameron... Vá com calma, você pode se dar mal. 
Acho que ele se daria mal mesmo. 

A boate estava cheia, mais do que eu havia imaginado. E quanta gente conhecida, aquilo era tão... Irreal. 
Cam e eu estávamos sentados em um dos enormes sofás escondidos nos cantos do lugar, com uma iluminação fraca e envolvente. Uma música alta tocava, dificultando que eu ouvisse alguma coisa a não ser Cam, que estava perto... Bem perto de mim. 
- Vamos dançar? - ele sussurrou em meu ouvido, já me puxando pela mão. Sem hesitar, o acompanhei, até um canto da boate onde havia mais espaço. Droga, aquelas luzes fracas, aquela música, aquele cheiro do seu perfume penetrando por minhas narinas... Não, não era mais como antes, você tinha que esquecer aquilo, Demetria. 
A música mudou, e os movimentos das pessoas ao redor do lugar ficaram mais frenéticos acompanhando as batidas. Perfect Lover da Britney Spears tocava, Cam já estava com as mãos envolvidas em minha cintura e eu nem havia percebido. 
- Será que Demetria Lovato sabe dançar? - ele me encarou, por um instante eu achei que fosse me beijar devido a proximidade que sua boca estava da minha, gelei com aquilo e ele sorriu maroto em seguida. 
- Quer que eu te mostre ou quer descobrir sozinho? - mordi o lábio, começando a mover meu corpo de acordo com a música, mas sem me mexer muito. 
- Não sou bom em descobrir as coisas, me mostra! - sorri, tirando suas mãos de minha cintura e me afastando um pouco dele. Ao modo que o refrão começou a tocar, comecei a dançar mais rápido, não tirando o olhar dele, que fazia o mesmo e tentava me acompanhar, mas ele estava perdido demais com aquilo. 

I know what you're missing 
Eu sei o que você está perdendo 
Better hurry up 'cuz time is ticking 
Melhor se apressar, o tempo está correndo 
Tick tock, tick tock 
Come and get me while I'm hot now 
Venha e me pegue enquanto eu estiver quente. 

Antes que eu percebesse, ele já havia rompido a distância sobre nós e seu corpo estava grudado no meu, acompanhando meus movimentos, em uma dança quase sincronizada e perigosa. 
- Eu tentaria ter mais cautela, mas fica impossível com você rebolando desse jeito. - fechei os olhos ao senti-lo morder o lóbulo de minha orelha e guiar minha cintura para a direção que seu corpo ia, fazendo com que ambos se esfregassem um no outro. Coloquei umas das mãos em seus cabelos, o puxando de leve, fazendo seu rosto ficar de frente para o meu. 
- Escuta bem, Wolfe, você pensa que ainda está no colegial ou o quê? - passei minha outra mão por cima de sua camisa, mas de um jeito que o fez sentir meu toque. - As coisas mudaram. - desci um pouco mais, o vendo me olhar tenso. 
Ponto pra mim. 
- Não sabe como saber disso me deixa feliz. - ele olhou significadamente para minha mão perto do seu ponto fraco. Ri, percebendo que a música estava acabando, mas nós ainda estávamos com os corpos colados, confesso que era meio impossível resistir àquela tensão sexual que começava a se manifestar, mas eu não seria tão fraca, não como ele. 
Então, como se estivéssemos em câmera lenta, meu campo de visão avistou dois rostos que eu preferia não ter visto. 
Joseph. 
Joseph não estava sozinho. Joseph não estava sozinho, estava com aquela mulher... Eu o ouvi dizer seu nome... Margo. 
Alguém poderia me beliscar ou dizer que aquilo não passava de um pesadelo, sabe? Não, não, não, Joseph Jonas e Cameron Wolfe no mesmo lugar, como isso aconteceu? Com tantos lugares em Los Angeles, por que vir justo pra cá? O destino me amava, não era possível. Cam percebeu meu desconforto e me encarou sério, mas eu sorri para ele, dando a entender que estava tudo bem. 
- Olha, vou ao banheiro, ok? - saí de perto, antes que ele pudesse responder algo. A verdade era que eu queria encarar Joseph e perguntar o que ele fazia ali. Será que havia seguido eu e Cameron e resolveu chamar a amiguinha para deixar as coisas mais... Divertidas? Eu não sabia bem como aquela noite acabaria, mas torcia com todas as minhas forças para que nenhum corpo sem vida tocasse o chão, não ainda... 
A cada passo eu ficava mais perto do lugar onde ele e Margo estavam, ela parecia estar empolgada com o lugar e ele apenas bebia algo. Respirei fundo, tomando uma decisão repentina e mudando minha direção. As coisas teriam que ser feitas do meu jeito pelo menos uma vez. Antes que eu acabasse com a distância entre nós, Margo notou minha presença e disparou a rir. Como ela havia apontado para trás, Joseph virou seu rosto em minha direção, não deixando de demonstrar surpresa a me ver. 
Lovato? - ele berrou, devido a música alta - Lovato? Meu Deus, eu não acredito! Você tá aqui com ele? - se levantou bruscamente, indo em minha direção e sendo seguida pela coisinha insuportável. - Não, essa noite não poderia ficar melhor! 
Joseph... - foi tudo que consegui dizer. 
- Ah, para, vai, cadê ele? Nossa, eu quero cumprimentá-lo por estar com uma mulher tão bonita essa noite! - riu alto, passando por mim com Margo, ela parecia uma cachorrinha que não largava do pé do dono. Patético. Mas o que eu estava fazendo parada ali mesmo? Corri para junto deles, encontrando Cam sentado em um daqueles sofás de novo, estava tomando alguma bebiba e levantou as sobrancelhas ao me ver chegando com os outros dois. 
Medo, muito medo. 
Demetria? - ele pediu, confuso. 
- E aí, Wolfe, quanto tempo! - como ele conseguia ser tão falso? - Joe? Oh, meu Deus, Joe Jonas? Como assim? - ele se levantou e eu achei aquela cena bizarra. Sim, os dois pareciam amigos de verdade que não se encontravam há tempos. Mas como? Será que Cam não sabia que na verdade... 
- Quatro Sex On The Beach para nós aqui, garçom! - Assustei-me ao ouvir Margo berrar aquilo. Joe sentou-se ao lado de Cam, olhando significativamente para mim. Definitivamente eu havia perdido a piada ou havia ficado louca. 
Demi, você conhece o Joe? - era como se eu tivesse tomado um choque. 
- Ele é meu... Eu trabalho com ele... É isso. - Joseph percebeu meu espanto e tentou completar minhas palavras trêmulas. 
- Trabalhamos juntos, e estávamos aqui a motivos de trabalho. Que engraçado, né? Eu, Margo, vocês... Todos no mesmo lugar. - as bebidas haviam chegado e Margo propôs um brinde. Todos toparam e brindaram. Meus movimentos estavam meio que congelados e eu só conseguia olhar para as expressões dos dois. Eu ainda tinha esperança de acordar e estar no quarto do hotel. 
- Preciso tomar um ar! - disparei a correr, passando por várias pessoas. Eu precisava sair dali por um tempo, claro que era imprudente deixar Cam sozinho com Joe, mas algo estava me sufocando e eu precisava pensar, precisava de alguns malditos minutos para pensar. Fui parar no estacionamento, avistando o carro de Cam no fundo, caminhei com pressa até lá, com a sensação de que estava sendo seguida. Olhei para trás durante o caminho, mas ninguém estava ali. Encostei-me ao carro, sentindo o vento bagunçar meus cabelos, respirei fundo e em minha mente só existia uma pergunta: Por quê? 
Aquilo começava a ultrapassar os limites do provável, não me lembrava nem de ter visto filmes com aquela situação. Quanto mais eu tentava entender, achar uma solução, o buraco ficava mais fundo, mais isolado, mais difícil de sair. 
Olhei para frente de novo, e avistei uma figura sair pelas portas da boate. Meu corpo se enrijeceu e logo percebi quem era. Joseph caminhava calmamente, apesar da escuridão, eu conseguia ver um sorriso em seus lábios. Um sorriso de vitória. Encolhi-me, dobrando uma perna e encostando meu salto no carro de Cam. 
A distância estava acabando, estava acabando. 
- Por que tanto medo? - surpreendi-me com sua voz rouca. Permaneci em silêncio, formulando palavras que não demonstrassem o desconforto que eu estava sentindo. - Não vou fazer nada com ele... Hoje não. - parou, de frente para mim. Abaixei meu rosto, encarando o chão rústico. Ele aproximou a mão do meu queixo e fez com que meu rosto se levantasse. Sua mão estava gelada e isso fez meu estômago embrulhar de um jeito que eu não sabia dizer se era bom ou ruim. 
- Se você soubesse o quanto fica sexy nessa posição que está agora... - agora meus olhos encaram os dele, e a malícia era clara ali. - Eu poderia entrar nesse carro, que deve ser do Cam, agora mesmo, com você e... - comecei a rir, o fazendo recuar um pouco. 
- Nem pensar! - balancei minha perna, de um modo que ela encostou na coxa dele. 
- Você já foi minha duas vezes, Lovato... Não vejo motivos para recusar ser por uma terceira... - inclinei meu corpo para mais perto dele, posicionando uma de minhas pernas no meio das suas, sussurrando em seu ouvido. 
- Hoje não vai ser como você quer, e eu digo isso, pois sei o quanto você deve estar me desejando agora... - encostei meus lábios em seu lóbulo, sentindo o lugar arrepiar. - Se me dá licença, eu estou em uma das melhores boates do mundo e quero dançar. - empurrei-o, passando rápido por seu corpo estático e correndo até a porta de novo. Olhei pra trás algumas vezes, vendo que ele também se aproximava. 

- Ah, até que enfim os dois apareceram! - Margo disse, já meio alterada devido ao álcool. Olhei para o rosto de Cam e era um misto de confusão e talvez... Ciúme? 
- Eu tinha alguns assuntos de trabalho que havia esquecido de comentar com ela! - Ah, Joseph, isso era desculpa para não dizer que seu amiguinho aí embaixo deve estar querendo se libertar agora? 
Ponto pra mim... De novo. 
- Gente, eu vou ao banheiro rapidinho, me espera aqui, tá Demi? - Cam se levantou, passando por nós. Por um segundo, sim, um segundo, achei que estava sendo errada com ele. 
Aquela era a nossa noite de reencontro. Mas a culpa não era minha. 
- Olha só, eu tive que me controlar pra não pegar ele, sei lá... Curto caras quietos! - Margo disse do nada, balançando a cabeça no ritmo da música. 
- Você gosta de qualquer cara, desde que ele tenha um pênis tá bom pra você. - Joseph disse, dando de ombros. Ok, eu queria ter rido. 
O que eu faria pra dar um fim naquilo por enquanto? Era melhor você pensar rápido, Demetria. 
Eu até teria pensado se uma música contagiante não tivesse começado e meus olhos avistaram um Joseph se levantar, vindo em minha direção. Empurrou-me para mais longe de Margo, que estava fora de si e me encostou em uma das paredes do lugar. 
- Essa você vai dançar comigo e eu tô pouco me fodendo para o que o idiota vai achar, eu vou acabar com ele mesmo! - sorriu, me puxando pela cintura. Céus, aquelas mãos e a minha cintura eram uma combinação explosiva. Depois que ele havia dito aquilo, era como se eu tivesse perdido o foco do mundo. Maldição, Joseph Jonas. 
E lá estava eu mais uma vez na pista de dança me esfregando com um homem. Poderia começar a pensar que era uma vadia ou espero mais cinco minutos até que outro cara chegasse de surpresa e eu fizesse o mesmo? Não, era melhor não. 
Everything But Mine dos Backstreet Boys tocava e aquela mesma gente ainda dançava, sem perder a vontade. 
- Seu hálito é de Sex On The Beach... - ele disse, encostando a boca em minha bochecha, balançando o corpo junto com o meu. 
- Sorte sua por isso, mas azar porque não vai poder provar... - rebolei, seguindo as batidas da música e me soltando dele, indo mais para o meio da pista. Joseph me seguiu, atordoado e eu ri maliciosa, acompanhando o pessoal que estava por ali. Como eu estava envolvida na música, perdi-o de vista por um minuto, sendo surpreendida por ele me abraçando por trás logo depois. 
- Quando você ficou malvada desse jeito, Lovato? Olha que eu não resisto, hein... - tamanha proximidade fez com que eu sentisse o que não deveria encostando em minha nádega. Afastei-me dele, recebendo outra risada maliciosa. 

I hold you close when it all goes crazy 
Eu te abraço apertado quando tudo está louco 
And through it all, you'd be my lady 
E por isso tudo, você será a minha dama 
Why, tell me why 
Por quê? Me diz por quê? 
You're everything, everything but mine 
Você é tudo, tudo menos minha 

Joe Jonas não gosta das coisas assim? Pois bem... - dei meia volta, dançando e fazendo meu cabelo se bagunçar de propósito. Eu havia conseguido o que queria àquela noite, ele estava me desejando... E o melhor de tudo: Desejando sem conseguir obter. 

Depois da música ter acabado, voltamos para o lugar onde Margo ainda deveria estar. E droga, eu havia me esquecido de Cam. 
Dito e feito, os dois estavam lá ainda, conversando... Ou pelo menos tentando, já que Margo estava completamente bêbada e pelo jeito estava conseguindo levar Cam para o mesmo caminho. Pelo menos ele não ficaria tão sentido. 
- Olha, eles apareceram. - Cam disse, com a voz alterada e meio enrolada. 
- Gente, gente... Vamos sair daqui? Eu quero ir pra um lugar mais vazio, por favor... - Margo disse com aquela voz insuportável, indo até Joseph e brincando com os botões de sua camisa. Olhei para os dois, fingindo que não me importava com aquela provocação e puxei Cam pela mão, beijando seu rosto em seguida. 
- Eu vou com o Cam para o apartamento dele! - nem precisei dar algum sinal para que o mesmo concordasse, pois logo sorriu e me abraçou pela cintura. A testa de Joseph se enrugou, logo voltando em seguida. Nem ele esperava por aquilo. 
- Apartamento de Cam? Ah, eu quero! Adoro apartamentos, adoro! - bêbada maluca. - Vamos também, Joe? 
Opa... Isso não estava nos meus planos. Não, não... 
- Por mim tudo bem, e por você, Lovato? - Joseph falou, cínico, e todos olharam para mim. Dois bêbados, um maluco sedento por vingança e eu, em um apartamento... Que divertido. 
- Tudo bem! - claro que não estava bem, mas como eu diria que não? 
- Então vamos! - Cam me puxou, quase fazendo com que nós dois caíssemos e ouvi Joseph rir, andando conosco e com Margo logo atrás. Chegamos ao estacionamento e eu dei um olhar piedoso paraJonas, ele pareceu entender. 
Wolfe - ele tinha algum problema com primeiro nome? - Acho melhor eu dirigir ou irmos no meu carro. 
- Como quiser, Joe! Nem tava afim mesmo, quero o banco de trás, ah, banco de trás, como eu te quero! - ele deu de ombros e abriu a porta de trás de seu carro, quase batendo a cabeça na mesma. Pegou minha mão para que eu entrasse também. 
- Certo! - Joseph sorriu, como aqueles caras que estão a ponto de matar alguém violentamente e entrou no carro, seguido por Margo, que batia palminhas feito uma criança. 
- Acho que sei onde você mora, se me lembro bem... - É claro que ele sabia. 

O caminho até o apartamento de Cam parecia estar durando uma eternidade. Apesar de eu tentar fingir que estava tudo bem e que curtia aquela situação, eu não conseguia enganar e isso me irritava. Quem sabe se eu agisse diferente as coisas não se tornariam diferentes? Digo, olhando para todos desse carro, uma pessoa que estava por fora da situação não imaginaria o ódio que pairava ali. E o que diabos faríamos no apartamento do Cameron? Eu esperava que ninguém sugerisse sexo grupal... Isso era demais pra mim, chega, existia um limite de loucura em minha vida. 
Pelo menos eu achava que sim... 
Margo tinha que causar mais ainda e ligou o rádio do carro, colocando em uma estação qualquer. Break Your Heart do Taio Cruz tocava e ela soltou um gritinho animado, balançando os braços e cantando junto. 
- Você me assusta! - Joseph disse, rindo em seguida, balançando os ombros no ritmo da música. E entrava em ação o cara que raramente era visto. 

If you fall for me 
Se você se apaixonar por mim 
I'm not easy to please 
Eu não sou fácil de agradar 
I might tear you apart 
Eu posso te destruir 
Told you from the start baby from the start. 
Te disse desde o início, baby, desde o início... 

I'm only gonna break break ya break break your heart (x4) 
Eu só vou quebrar quebrar seu... quebrar quebrar seu coração. (x4) 

Olhei para o retrovisor do carro e encontrei o olhar de Joseph, ele estava com um sorrisinho de lado e eu entendi bem o porquê daquilo. A letra da música que tocava... Falava tanto, era como se ele estivesse dizendo aquilo para mim. 
Ele quebraria meu coração? Não sem eu quebrar o dele também. 

Chegamos ao apartamento de Cam em poucos minutos depois e Margo se jogou no sofá, agradecendo por estar longe daquela festa. Joseph ficou em pé, perto de mim enquanto eu evitava encará-lo.Cameron começou a rir, sendo acompanhado pela outra. Pareciam dois loucos. 
- Escuta, que tal brincarmos de algum joguinho? - ela disse, rindo alto. 
- Tipo...? - Cam colocou a mão no queixo. 
- Vamos brincar de "Eu nunca". - sorriu maliciosa, sendo acompanhada por Cam. Pois é, o Wolfe bêbado virava outra pessoa. 
- Não mesmo, isso é coisa de pirralhos de 17 anos! - Joseph cruzou os braços e quando me olhou, eu desviei o olhar. 
- Você fala como se fosse um velho de 70 anos! E outra, não é o "Eu nunca" que vocês estão acostumados. - não estava entendendo onde ela queria chegar. - Ao invés de beber alguma coisa quem já tiver feito algo, vai tirar uma peça de roupa. - ela mordeu o lábio, fingindo que abaixava a alça da blusa preta. Cam pareceu gostar da ideia. Pensei por um tempo, aquilo não seria tão ruim... Era a oportunidade para eu começar a agir. 
- Só se o Jonas topar! - coloquei a mão na cintura. 
- Só se você ficar nua pra mim! - senti minhas bochechas corarem e agradeci mentalmente por Cam estar bêbado. No dia seguinte ele não lembraria daquilo. 
- Acho que você fica nu primeiro. - dizendo isso, nos sentamos no sofá também, ficando próximos. 
- Quem vai começar? - Margo soltou o cabelo, fazendo com que ele batesse no rosto de Cam, que xingou um palavrão em seguida. 
Como eu disse antes, isso estaria sendo a experiência mais hilária da minha vida... Se as circunstâncias fossem outras. 
- Eu começo! - Jonas, como sempre, tão seguro de si. 
- Manda a ver, gostoso. - Margo gritou, rindo em seguida. Louca, louca, louca. 
- Eu nunca... - Joseph me olhou, abaixando a cabeça e sorrindo um sorriso sacana em seguida. - Eu nunca transei com duas pessoas ao mesmo tempo! - a sala foi tomada por risos altos dos dois alegrinhos. 
- Pelo amor de Deus, Joe, em que mundo você vive? - ela se levantou, abrindo os botões da blusa e a tirando, sem nenhum pingo de vergonha. Estava agora apenas com um sutiã preto. Os dois homens no local deveriam estar adorando aquilo. 
- Minha vez! - ela disse, se sentando de novo. - Eu nunca... Amarrei alguém em uma cama, sabe aquelas coisas de sadomasoquismo? Pois é, nunca fiz isso. 
Silêncio constrangedor. 
- Uuuh, e olha que eu achei que você já tivesse feito de tudo. - Jonas piscou pra ela. Agora eu o deixaria com o queixo no chão. Antes que alguém falasse alguma coisa, me levantei, tirando minha jaqueta e a jogando longe. 
- COMO ASSIM? VOCÊ JÁ... VOCÊ JÁ... - Margo gritou, seguida pela risada alta de Cam, que só sabia fazer isso no momento e um olhar completamente assustado de Joseph. 
Ponto pra mim pela terceira vez... 
- Dois anos atrás... O cara pediu, eu não neguei... - soltei um risinho malicioso. 
Ver a cara de Joseph foi impagável. 

4 comentários:

  1. Postaaaaaa maiiiiiiiiis, to adorando,ta perfeito posta mais vai posta posta

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  2. ai meu deus essa fanfic eh perfeita socorroooooooooo
    estou me apaixonando e preciso q vc poste logoooooo

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  3. Moçaaa, posta mais um!!
    Pls eu preciso saber como vai acabar esse jogo!!
    POSTA!!

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  4. Meenina!! O que foi esse cap??
    Quero mais, quero saber o que acontece 'o'
    Posta logooooooooo!!

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Sem comentario, sem fic ;-)