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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Secretary - Capítulo 12


(n/a: Coloque essa música para carregar e espere a nota para dar play!)

- Não faça isso, por favor, olha... - Jared estendeu o braço, com o olhar fixo no de Joseph. - Eu juro, aquilo não era pra acontecer... Eu juro. - olhei para Jared e percebi que agora ele me fitava, tentando transparecer confiança. Lentamente vi a arma sumindo de minha visão e voltar para o casaco de Joseph que sorriu, balançando a cabeça negativamente em seguida. 
- Idiota, ela tá sem balas! - ele riu, dando um tapinha nas costas de Jared e em seguida lançou um olhar penetrante em mim. - É difícil se segurar com a Lovato perto mesmo... - eu pude sentir o tom de malícia em suas palavras e preferi evitá-lo. 


Joseph entrou no hotel, deixando Jared e eu parados, um olhando para a expressão assustada do outro. Antes mesmo de eu dizer alguma palavra, ele começou a rir como se aquilo realmente tivesse sido engraçado. 
- Ele é louco! - eu disse, olhando pra cima e para Jared depois, que me encarava pensativo. - O que foi? 
- Nós nos beijamos... E nada explodiu! - tive que rir da cara de comemoração que ele fez, levantando os braços em seguida e piscando pra mim. O que foi estranho, bem estranho. 
- Acho que você também é louco. - franzi o cenho, começando a ficar desconfortável de novo. O que Jared queria? Pelo amor de Deus, ele sabia como as coisas eram complicadas... E como sabia. 
Ficamos sentados onde estávamos antes por algum tempo. Enquanto Jared falava alguma coisa que eu não me esforçava em ouvir, vi um carro parar do outro lado da rua. Ok, aquilo era comum, mas... Quando a porta do carro se abriu, aquilo havia fugido do comum e passado para o assustador. 
Cameron Wolfe estava de óculos escuros, os três primeiros botões da camisa azul-marinho estavam abertos e aquilo parecia uma cena de filme... Em câmera lenta. 
- Você tá ouvindo o que eu tô falando? - Jared balançou a mão na frente do meu rosto, me fazendo virar para ele, assustada. - O que houve? 
- O Cam, ali, droga! - apontei disfarçadamente, me levantando em seguida. Jared fez o mesmo, ficando sério e olhando com uma cara não muito boa para Cam. O mesmo notou nossa presença ali e deu um meio sorriso, que não me agradou muito, caminhando mais rápido em nossa direção. Eu podia sentir minhas mãos começarem a suar. No fundo eu estava com raiva dele, com raiva por não ter me escutado, por ter sido tão idiota... 
E tão certo. Tá, eu merecia aquilo. 
Demetria... - ele disse, no tom de voz mais normal possível, como se nada tivesse acontecido. - Posso falar com você? - ele olhou para Jared e logo eu estava apenas com Cam, evitando encará-lo nos olhos. Senti o vento bater sobre meu rosto e acidentalmente meu olhar se encontrou com o dele, que já havia tirado os óculos. 
- O que você faz aqui, Cameron? Tá maluco? - sussurrei, quase não ouvindo minha própria voz. 
- Eu não sou um covarde, linda, eu vou enfrentá-lo... Vou começar agora! - ele se virou, caminhando determinado até a entrada que dava para o saguão. - Mas é claro que primeiro vou fazê-lo pensar que não sei de nada! 
Corri em sua direção, segurando seu braço e olhando firme em seus olhos. 
- Eu tô tentando evitar que o pior aconteça, se você ainda não percebeu, Wolfe! - soltei seu braço, o vendo colocar a mão no local e em seguida me olhar, em dúvida. Olhou para os lados, olhou mais uma vez e me puxou pela cintura, grudando seus lábios nos meus. Na verdade, seu objetivo não era dar um beijo digno de cinema, pois ele logo me soltou e deu um meio sorriso, abrindo a porta do saguão, passando pelo segurança e sem olhar para trás. 
O encontro de titãs... Digo, de Wolfe e Jonas... 

Cameron's POV 

Consegui passar facilmente por toda a segurança daquele hotel, garantindo a todos que eu era um velho amigo de Joe. 
E eu imaginava que fosse mesmo... Pelo menos até algumas horas atrás. 
Aquele estúpido não podia ter armado algo daquele tipo, ele era louco? Eu não conseguia ver fundamento em fingir ser meu amigo durante tantos anos e estar planejando me apunhalar pelas costas. Não por aqueles motivos... 
Motivos esses que ficaram tão intocáveis durante tanto tempo... 
Não precisei andar muito até dar de cara com o próprio Joseph, ele estava na área de jogos e pareceu bastante surpreso ao me ver. O que foi interessante, devo acrescentar. 
Wolfe... - ele piscou os olhos algumas vezes, assumindo uma expressão cínica em seguida. Aquele ser nunca mudaria. - O que faz aqui? Como me achou? - ele veio até mim. 
- Quando se é filho de Joseph Jonas... Bom, não é difícil te achar! - só depois de ter soltado todas as palavras, eu percebi o erro que tinha cometido. Ele com certeza não queria falar do pai agora, pois o mesmo havia morrido. Todos já sabiam. Dei um sorriso sem graça e ele percebeu meu desconforto. - Aliás, eu sinto muito, cara... Muito mesmo. - educação e Cameron Wolfe são o par perfeito... Mesmo que eu tenha que ser falso, fazer o que. 
- Sem problemas com isso... As pessoas morrem, meu caro Wolfe... É a ordem da vida! - confesso que seu olhar poderia até ter me assustado se ele não tivesse soltado uma risada alta depois. Mas mesmo assim, eu sabia das suas intenções. - Escuta, o que acha de irmos até a área da piscina? Lá tem uma pista de golfe, um bar... - ele levantou as sobrancelhas, já andando na minha frente. Acompanhei-o, meio desconfortável. Passamos por algumas atendentes e garçonetes que olharam para mim trocando risadas umas com as outras. Estranho. 
Chegamos à área e eu nunca havia visto aquele lugar, era grande, algumas pessoas circulavam por ali, mas o movimento não era tão intenso. Ele foi até o bar e voltou com duas cervejas, nos sentamos em uma das mesas que ficavam ao redor. A princípio fiquei com medo de engolir aquela cerveja, vai saber o que tinha nela? O cara queria me matar, provavelmente era correr um risco. Desviei meu olhar de onde estávamos e um par de pernas descobertas fez com que eu ficasse com meu olhar fixo no mesmo ponto. 
Demetria se aproximava de nós. Que bela visão era aquela... 
Seus passos rapidamente foram interrompidos quando o olhar dela se encontrou com o meu. Dei um gole na cerveja, sorrindo confiante para ela. Infelizmente, Jonas havia percebido e também virou seu corpo, olhando-a de cima a baixo. Como aquilo estava me irritando. 
- Secretária! - ele disse alto. - Venha até aqui... - ele fez um sinal com o dedo para ela, que parecia estar com medo, mas logo estava do nosso lado. - Olha só quem veio me visitar... - olhou pra mim, sorrindo sem mostrar os dentes e depois pediu que ela se sentasse na cadeira vaga em nossa mesa. 

/Cameron's POV 

Eu estava mais do que desconfortável, eu estava apavorada. Os dois me olhavam, ambos com olhares impossíveis de se decifrar e o pior de tudo era que eu tinha que disfarçar, tinha que fingir que toda aquela droga estava bem. Inferno. 
Cruzei minhas pernas, vendo que Joseph percebeu meu gesto e se movimentou, ficando mais perto de mim. Nossas cadeiras estavam praticamente coladas. 
- Então, Wolfe, me diga... Como andam as mulheres? - Joseph sorriu malicioso e Cam olhou para mim, como se perguntasse o que deveria responder. A única coisa que vinha em minha mente era o maldito momento em que nós acabamos passando dos limites naquele banheiro do seu apartamento. Aquela maldita cena não saía da minha cabeça. - Vamos, não me olhe com essa cara... Vai me dizer que você tá... - Joseph colocou a mão no queixo, lançando um breve olhar pra mim em seguida. - Na seca? - ouvi a risada alta de Jonas ecoar pelo ambiente, seguida pelo riso sem graça deCam, que logo se recompôs e seu rosto assumiu uma expressão de convencido. 
- Na seca? Ora, não estamos no colegial meu caro, já ouviu falar em sexo matinal? Sexo no chuveiro? - eu tive que lutar com todas as minhas forças para que minha boca não se abrisse e meus olhos não se arregalassem. 
Filho da puta! 
Joseph apenas fez um som com a boca, algo como "hmmm" e logo eles começaram a rir, se esquecendo de mim. Afinal, por que eu tinha que participar daquela conversa? 
- Como se isso surpreendesse alguém, Cameron... - Jonas mordeu o lábio, percebi que uma de suas mãos não estava em meu campo de visão. 
- Ah é? Então me conte você... O que anda aprontando por aí? - senti medo da resposta. Tanto medo que minhas mãos ficaram geladas. 
- Digamos que nós temos algo em comum, sabe? Ambos gostamos de água... - eu podia sentir meu coração pulsando com tanta velocidade que logo não aguentaria e explodiria meu peito. Eles estavam falando de mim. Ambos contavam experiências que tiveram comigo. 
Era bizarro... Talvez com uma pitada de interessante... Quem sabe... Não, não, era apenas bizarro, só isso! 
- Sexo na piscina! - Joseph riu, sendo acompanhado por Cam que olhou pra mim. Percebi o que seu olhar queria dizer. Era óbvio que ele sabia que o contato que Joseph e eu tínhamos não era apenas para negócios... Em todo caso, Jonas não sabia do meu contato com Cam
- Uuh, pegador! - Cam colocou seus óculos escuros, dando o último gole em sua cerveja. 
- Há! Tô pensando seriamente em pedir um bis... - senti um arrepio tremendo por todo o meu corpo ao perceber que a mão de Jonas deslizava pela minha perna descoberta. Ele subiu um pouco, ainda se mantendo imóvel, disfarçando, e apertou de leve minha coxa, passando as unhas nela de maneira suave e torturando. Respirei fundo, não deixando que Cam percebesse aquilo. 
- Bom, o papo tá ótimo, mas eu preciso ir embora... Só vim mesmo para conversar um pouco com você, Joe... Nos vemos em breve? 
- Claro que sim, Wolfe! - eu podia imaginar o que se passava naquele momento na cabeça de Joseph. Cam deu um aceno de cabeça e olhou para mim, sério. 
- Tchau... Demetria! - apenas concordei com a cabeça, ainda sentindo a sensação do toque de Joseph em minha perna. 
Vi Cam se afastar, passando pela entrada da área de jogos e logo Jonas estava com o rosto próximo do meu, me encarando. 
- Se eu te perguntar uma coisa, Lovato, você vai ser sincera? - engoli em seco, estranhando a serenidade de sua voz. 
- Não sei o que você quer perguntar, mas acho que sinceridade não entra em questão aqui. 
- Olha só, ela sabe ser ousada. - sorriu mais uma vez, aproximando a boca do meu ouvido, segurando o lóbulo e o mordendo com certa força. Fechei os olhos, lamentando por aquele ser meu ponto fraco e logo me afastei, sentindo o local que ele mordeu pegar fogo. - Quer saber? Não me interessa saber o que você quer perguntar – levantei-me. - Vou pro quarto! - saí correndo, ainda conseguindo ouvir a risada meio maliciosa dele. 

Olhei para a janela do quarto, vendo que o dia já estava no seu fim. Soltei meu cabelo que estava preso e encarei a porta. Onde Joseph estava? Não que isso importasse, até porque era inútil pensar assim, mas ele estava distante de mim... Depois da morte de seu pai ele preferia passar horas sozinho, em algum local mais isolado do hotel. Aquilo me deixava com uma sensação estranha... Talvez até esperançosa... 
Ouvi um barulho vindo da porta e fiquei parada, esperando ela ser aberta e Joseph entrar por ali. Mas nada aconteceu, apenas um silêncio meio assustador do quarto se misturando com o barulho do vento que vinha de fora. Caminhei lentamente até a porta, segurando firme na maçaneta, pronta para alguma surpresa. 
Nada. 
O corredor estava vazio, as luzes eram fracas e se notava uma pequena agitação vinda dos andares mais baixos. Saí do quarto, dando passos cautelosos, encostando-me à parede do outro lado do corredor, procurei por algo suspeito com olhos, encontrando um pedaço de papel jogado no chão mais a frente. Fui até ele, me abaixando para pegá-lo. A caligrafia era bonita. 
"Eu não teria saído do quarto se fosse você." 
Larguei o papel no chão, levantando rapidamente e correndo até a porta do quarto que não queria abrir. Porra, eu não tinha fechado aquela porcaria. Tentei com todas as forças fazer a maçaneta girar e me trancar naquele quarto logo, mas nada acontecia. 
Eu estava ficando realmente assustada. 
Por um momento, me senti em um típico filme de terror, com direito a hotel luxuoso e bilhetes assustadores. Com mais um pouco de esforço, a porta estranhamente se abriu, revelando que havia alguém dentro do quarto, me fazendo quase cair para trás. Eu ia gritar, sair correndo, mas era como se meu corpo tivesse congelado. 
- Não grita! - a voz era baixa, porém autoritária. - Vem comigo, agora! - encarei seu rosto sem sentimento algum e sua mão... Que carregava uma arma. Estava apontado para mim. 
Eu sentia que daquele dia não passaria, as coisas não teriam o fim previsto... Seria algo pior, algo que no fundo eu poderia ter imaginado que aconteceria. 
Margo segurou meu braço com força, apontando a arma na direção do meu rosto, sua mão tremia tanto quanto a minha. Começou a andar, me puxando junto. Quanto mais andávamos, mais aquela agonia em meu peito ficava pior, aquele mulher era louca, ela estava armada, só Deus sabe o que ela seria capaz de fazer. Eu poderia ser uma tola, mas eu não conseguia pensar em mim, mas sim emJoseph... Até ele corria perigo. 
Chegamos ao elevador e ela me empurrou para dentro dele, desviando a arma por um segundo de mim, para entrar também e apertar algum botão. Foi naquele momento que eu vi a única oportunidade... 
- SOCORRO! - gritei com todas as forças que consegui, vendo o corpo dela se virar bruscamente e a arma entrar em cena mais uma vez. - JOSEPH! - as portas do elevador se fecharam e ela foi para perto de mim, puxando meu cabelo para baixo com força. Gemi de dor, sentindo meus olhos começar a arder e ela me olhar... Tanto ódio... Transbordava de suas íris. 
- Agora me escuta bem, Lovato... - sua voz era tão firme que conseguia assustar. - Eu acho bom que o Jonas não tenha te escutado! - ela olhou para a arma e sorriu, como uma psicopata. - Eu não tenho medo de usar isso, já usei outras vezes... - senti meu estômago embrulhar e logo a porta do elevador se abriu. Sentindo-a puxar meu braço, caminhei até o local. Só podia ser a cobertura do hotel, afinal, eu até poderia apreciar aquela vista... Se uma arma não estivesse apontada pra mim, é claro. 
- Senta aí! - ela me soltou, apontando pra uma das cadeiras que estavam em volta de uma grande mesa. Eu conseguia reparar muito nos detalhes naquele momento, mas pude ver que o local era iluminado por postes decorativos de luz, a sacada não era tão alta e a vista deveria dar para toda a Los Angeles. 
Ela começou a rir, sentada um pouco longe de onde eu estava. 
- Se você não fosse intrometida... - ela foi interrompida pelo baque na enorme porta de vidro. Meu coração acelerou ao ver Joseph nos olhar com os olhos arregalados e soltar um palavrão em voz alta em seguida. Margo correu até mim, sem que ele pudesse evitar e senti a arma encostar em minha cabeça, fechei os olhos com força e abrindo em seguida. Olhando em desespero para Joseph que não sabia o que fazer. 
Margo, porra, para com isso! - ele tentou deixar seu tom de voz alto, mas estava quase tão trêmulo quanto eu. 
- Eu avisei, Joe, eu avisei que ela me pagaria! - ela pressionou a arma, fazendo com que eu fechasse os olhos e trincasse os dentes. Implorando para que Joseph encontrasse um jeito de pará-la. 
- Deixa ela fora disso, o seu problema é comigo! (n/a: Coloque a música para tocar.) Ele balançou a cabeça negativamente e eu senti que as mãos de Margo ficaram mais frouxas enquanto ela me segurava. Ela tirou a arma da minha cabeça e soltou meu corpo, me empurrando, fazendo com que eu caísse sentada no chão. 
- O problema é tudo, Joe! Tudo! - sua voz estava fina, diferente de minutos atrás. Eu estava imóvel no chão, assistindo àquela cena. 
- Você é louca... - ele respirou fundo. - LARGA ESSA PORRA DESSA ARMA. - sua expressão ficou irritada, assim como a dela, que mirou a arma para o peito de Joseph. Eu já estava chorando, me segurando para não ir correndo até ele e... Protegê-lo. 
- Cala a boca, Jonas, eu que tô no controle... Hoje você não é nada perto de mim! Só fique quieto! - percebi que a voz de Margo falhou quando ela disse a última palavra e logo ouvi o barulho dela fungar. Estava chorando. 
- Larga essa arma. - ele disse pausadamente, andando na direção dela. 
- Eu quero que tudo se foda, Joseph Jonas, eu quero que você se foda, quero que ela se foda... O mundo pode explodir... - ela fungou mais forte. - Você era tudo que eu achava que tinha... O único motivo para... 
- PARA O QUE, MARGO? - Joseph estava tão alterado quanto ela, apenas não chorava. 
- VIVER! VOCÊ NÃO ENTENDE? EU TE AMAVA, EU VIA VOCÊ COMO UMA SALVAÇÃO! - ela limpou as lágrimas, olhando com raiva para mim. - Daí, essa maldita apareceu... - a arma estava na minha direção de novo. 
- Você não vai atirar nela, se tem alguém aqui que merece morrer somos eu e você! - as palavras de Joseph eram repletas de raiva, como se ele quisesse que aquilo realmente acontecesse. 
- Fui eu que te ajudei a superar tudo... Fui eu que emprestei meu ombro pra que você chorasse no dia que a sua mãe... Que a sua mãe... 
- NÃO! - ele correu até ela, tirando a arma de suas mãos e apontando pra si mesmo. - Não me faça ouvir isso! 
- Você é doente, Jonas... Você deveria ter continuado naquela clínica... - coloquei a mão em minha boca ao ouvir aquilo. Margo andou em minha direção, sorrindo. 
- Você não sabia, né? Seu parceiro de cama já ficou internado em uma clínica para loucos... O falecido paizinho dele, que descanse em paz... - ela riu, se arrependendo da última parte. - Achou que ele precisava... Na verdade ele ainda precisa. - ela se virou, olhando para ele. Eu tive que me esforçar para enxergar aquilo... Não, não podia ser. 
Uma lágrima escorria pelo rosto de Joseph. 
- Ele não passa de um fraco, ele... Ele é um amargurado que fica se fazendo de fodão pra pôr medo nas pessoas. - parou na frente dele, olhando em seus olhos. O peito de Jonas subia e descia de uma maneira frenética. - Mas a verdade é que ele não é nada! - ela deu um soco em seu tórax, fazendo com que Joseph fechasse os olhos com força. Seus lábios ficaram em linha reta. Ele levantou o braço que segurava a arma e apontou para Margo. 
- NÃO! - ouvi minha voz chorosa implorar, inutilmente. - Não, você não vai atirar em mim. - ela foi dando passos para trás, deixando ele sem entender. Colocou um dos pés sobre a abertura da sacada e se sentou na mesma, virando o corpo para frente. 
Margo... Margo, para... - ele estava angustiado, meu coração poderia se partir a qualquer momento vendo aquela cena. 
Lovato... Cuidado pra não ficar louca igual a ele. - ela soltou uma risada alta, virando o rosto, fazendo seus cabelos se bagunçarem devido ao vento. 
- PORRA, SAI DAÍ! - ele perdeu a cabeça e largou a arma, correndo até onde ela estava. 
Margo soltou uma das mãos, impulsionando o corpo para frente. 
- Você não me correspondeu... Esse é o seu castigo... A culpa eterna... Você é o culpado por isso. 
Era tarde demais. Não tinha mais como evitar. 
Soltei um grito de horror ao ver o corpo de Margo se desgrudar totalmente da sacada e logo não havia mais vista dela. 
Joseph estava parado, com uma lágrima presa em seu rosto, com os olhos arregalados, as mãos trêmulas. Fui correndo até ele, com medo de encostar em seu corpo. 
- Eu não... Eu não... Demetria, eu não fiz nada! Eu não fiz! - ele segurou meu rosto com as mãos, olhando fundo em meus olhos. Seus lábios estavam trêmulos. - Eu não fiz! 

5 comentários:

  1. Nossa que tenso....Margo se matou, joe ficou internado, e o que o Joe nao fez ? Posta mais um hoje ta perfeito

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  2. Caramba amooo sua história. Posta mais um hj

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Mais um , q confuso mas ta lindo

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  5. pode indicar por favor? http://jemiadream.blogspot.com.br/

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Sem comentario, sem fic ;-)