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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Roommates II

Créditos: Vi

Demetria não havia passado a noite anterior em casa, e isso só poderia significar uma coisa: sexo.
Era véspera de natal, dia 24 de dezembro, e eu já me encontrava bêbado demais para sequer considerar a possibilidade de ficar paranóico.
Pois bem, vamos aos fatos:
Eu e Demetria dormimos juntos há três meses. E eu me lembro de ter ponderado algo sobre ficar totalmente de quatro por ela depois desse ocorrido, e cá estou eu, de quatro mesmo, porque não existe palavra melhor para descrever o estado no qual eu me encontro, pensando nela o tempo inteiro. Me refiro a ela como um todo. Cada pedacinho daquele corpinho delicioso dela, que me fez tremer como um adolescente totalmente inexperiente, sem me esquecer das habilidades sexuais daquela garota. 
Mas o grande problema nem é esse. O que está me matando, corroendo cada parte do meu ser internamente, atacando meus hormônios já normalmente enfurecidos, é o fato de que ela simplesmente fingiu que não aconteceu.

Eu me lembro da cena como se fosse ontem: 
Eu estava deitado em nosso sofá, completamente nu e, por um motivo totalmente óbvio, que eu faço questão de enfatizar aqui, também me encontrava em estado de pura excitação. Ah, sim, o motivo. Demetria estava deitada de frente para mim, sua falta de roupas me tirando do sério, já que eu podia sentir seu corpo milimetricamente colado ao meu e uma de suas coxas envolvendo meu quadril rígido e tenso, fazendo com que sua intimidade roçasse meu membro já pulsante. Era inevitável ficar completamente duro quando a garota pela qual se tem um sentimento forte e intenso demais para se conseguir entender o que realmente é está com você, tão vulnerável e pequena em seus braços, porém, tão poderosa e sensual diante de seus instintos masculinos. 

Entende agora por que eu disse que estou de quatro por ela?
Foi realmente decepcionante quando ela abriu os olhos com dificuldade, a claridade matinal os incomodando, provocando um leve franzimento em sua testa, deixando-a terrivelmente adorável enquanto me encarava com confusão e constrangimento aparentes. Seu olhar permaneceu no meu, conectando-nos por breves segundos, e sua mão ainda tocava meu peitoral com cuidado quando ela levantou seu tronco, analisando o estado caótico no qual a nossa sala de estar se encontrava. Eu sempre soube que sexo fazia estragos, mas vou confessar que aquilo ali havia superado minhas expectativas. 
Por mais alguns intermináveis minutos, com a atmosfera ainda carregada pelo silêncio e o embaraço, eu também resolvi me dar ao luxo de parar para pensar no que tínhamos feito na noite passada. 
A garrafa de tequila se encontrava quase vazia; talvez ainda restassem dois ou três goles por ali. Demetria havia cantado para mim, minutos antes de me dar o melhor sexo oral que eu já recebera na vida. Transamos pela primeira vez sentados no sofá. Incrível! Então nós havíamos caído no sono. 

Por que será que eu tenho a estranha sensação de que transamos no tapete e voltamos ao sofá para finalizarmos a noite com (falta de) dignidade? 
Porque, aparentemente, nós realmente fizemos isso. Não havíamos dormido, exatamente. Nós bem havíamos tentado, isso é uma verdade inegável. Contudo, nossa sede por sexo não nos permitiu chegar nem perto do estado alfa, e quando minha ereção se tornou rígida e dolorida demais para que eu pudesse suportar, Demetria abriu os olhos e, segundos depois, sua língua estava dentro da minha boca, arrancando gemidos abafados de minha garganta. E foi nessa hora que caímos do sofá; meu corpo por cima do dela que repousava sobre o tapete fofo da sala, enquanto a própria gargalhava gostosamente – afinal, ela é uma tremenda de uma gostosa mesmo – sem deixar de segurar os cabelos de minha nuca entre seus dedos pequenos. 
Tudo o que eu sei é que, não muito tempo depois, eu estava dentro dela, me movimentando rapidamente, e depois lentamente, só para provocá-la um pouco, e depois rapidamente de novo, porque eu não agüentara, meu corpo implorou pela mesma velocidade que o dela. E depois voltamos ao sofá, brigando deliciosamente para ver quem ficaria por cima dessa vez, e pra falar a verdade, eu nem me lembro direito como aconteceu. Só sei que foi infinitamente melhor do que eu imaginava. E algumas pessoas ainda dizem que a vida é injusta. Pobre delas, que nunca transaram com Demetria Lovato.

Depois de repassar em sua cabeça nosso longa-metragem pornográfico repleto de cenas picantes – acredite ou não, relembrá-las me faz endurecer dentro das minhas calças –, Demetria voltou a me encarar, sua mão apoiando-se suavemente sobre sua testa enquanto as conseqüências da tequila a nocauteavam covardemente. “Nós precisamos arrumar essa zona, Joseph”, foi tudo o que ela disse antes de me abandonar sobre o sofá, confuso, desapontado, nu e dolorosamente duro

Isso aconteceu já tem três intermináveis e torturantes meses. 90 dias de puro constrangimento e falta de atitude, já que eu realmente não sabia o que fazer ou dizer. Demetria me evitava, mal olhava em minha cara e tudo o que a sua boca linda pronunciava a cada vez que eu tentava ter um diálogo maduro com ela, em vez de simplesmente me jogar em cima dela e rasgar aquelas malditas roupas pequenas que ela cisma em usar, eram frases curtas e monossilábicas. E ela as articulava com tanta emoção que, por alguns momentos, cheguei a me sentir o cara mais broxa do planeta, que não sabe fazer uma droga de um sexo bem feito.
Minutos depois eu me lembrava de todas as minhas transas bem sucedidas, incluindo Demetria nessa lista, afinal de contas, todas as barbaridades que ela gemeu deliciosamente no meu ouvido não significaram que eu estava transando mal. Meu ego estava devida, porém, parcialmente massageado. 
Nessa droga desse dia 24 de dezembro, às quatro e quarenta e sete da tarde, eu estava literalmente jogado em meu sofá, como um alcoólatra abandonado pela esposa e os filhos, nem tive a porra da decência de fazer a minha barba, o que não melhorava em nada meu aspecto, já que agora eu me sentia um Fred Flintstone alcoolizado e deprimido – só que, felizmente, sarado e musculoso –, rezando para que o cara para o qual a Demetria tenha aberto as pernas na noite passada tenha simplesmente broxado. Não, eu queria algo pior do que isso. Desejei que ele tivesse o menor pinto da Inglaterra, a ponto de não fazê-la sentir nada na hora da trepada. 

E esse sou eu, Joe Jonas, 20 anos, vocalista de uma banda que, com a graça do nosso Senhor, vai sair da garagem e fazer muito sucesso mundo afora. Sim, sou um homem de 20 anos, maduro e, de acordo com todas as garotas que passaram pelas minhas mãos, bem-dotado, e eu estou desejando, sem vergonha nenhuma de admitir, que a garota pela qual eu esteja possivelmente apaixonado não tenha sentido nada no seu provável sexo casual de ontem à noite.

Às quatro e cinqüenta e quatro, eu escutei o famoso tilintar do chaveiro dela, no qual ela carregava um olho grego para espantar mau olhado, vários gatos metalizados e um monstrinho de pelúcia que tinha botões no lugar dos olhos. Pigarreei, tentando parecer no mínimo apresentável dentro da minha vestimenta, que se resumia a uma calça xadrez de flanela e nada mais, e Demetria me encarou com os olhos sutilmente arregalados, provavelmente se perguntando o que havia acontecido comigo. 
- Está tudo bem, Joe? – ela perguntou atenciosamente, demonstrando alguma emoção depois de tanto tempo. 
Até que a decadência serve pra alguma coisa. 
- Sim, eu só não dormi direito – respondi com a voz levemente rouca, percebendo o esforço que ela fazia pra não encarar a região onde o elástico de minha calça se encontrava; perigosamente baixo demais para o meu próprio bem. – Deve ser a baixa umidade do ar. 
- Já tentou desligar o aquecedor e ligar o umidificador de ar? – Ela passou em minha frente, pulando os pacotes de amendoim e as garrafas de cerveja que apinhavam o chão da sala, e eu me dei a oportunidade de reparar em sua meia-calça preta que cobria suas lindas pernas, e também em seu vestido de mesma cor, tão curto e solto que a qualquer leve movimento dela, as curvas de seus glúteos poderiam ser facilmente contempladas. Sem falar no sapato de salto matador, aveludado, cujos 15 cm ainda não a deixavam alta o suficiente para me alcançar. 
Joe? – Demetria estalou os dedos na frente de meus olhos, olhando-me com preocupação e alguma outra coisa que eu preferia nem saber. Mas algo me dizia que era pena. 
- Desculpe, eu estou realmente cansado – proferi desanimado e constrangido diante do fato de que havia sido pego comendo-a com os olhos. 
- Podemos cancelar a reunião de natal, se você quiser... 
É claro que ela não estava falando nem um pouco sério. Hitler poderia vir diretamente do inferno para cometer o holocausto na Inglaterra, e ainda assim eu estaria comemorando. O dilúvio poderia abater-se sobre a cidade, mas nada me tiraria do posto de festeiro. Nada mesmo.
- Você me conhece bem o suficiente para saber que essa reunião vai acontecer, Demi. 
Ela simplesmente assentiu, encostado uma de suas mãos na parede à minha frente, um pouco atrás da TV, a fim de ter suporte para tirar seus sapatos sem perder o equilíbrio. Ela levantou um dos pés levemente, puxando o zíper traseiro do sapato, escorregando-o para longe de seu pé pequeno e, logo depois, ela repetiu o mesmo processo do outro lado. Ela retirou sua jaqueta com graça e sensualidade, para pendurá-la no cabideiro próximo de onde ela estava, e então me ocorreu que a mesma garotinha de 14 anos que eu havia conhecido ainda permanecia ali, em cada movimento dela, cada sorriso e olhar, a cada palavra que ela pronunciava com seu jeito adocicado de falar. Sem falar naquelas curvas maravilhosas que adornavam aquele corpo tão pequeno e adorável. 

Levando em conta o estado de dormência e lentidão no qual eu me encontrava, não percebi quando Demetria sumiu do meu campo de visão, assim como também não acompanhei quando ela voltou, devido à extrema velocidade dos fatos, segurando um pacote de M&M’s de amendoim nas mãos, indo em direção ao corredor.
Demi! – exclamei seu apelido, arrependendo-me segundos depois quando me lembrei do estranho clima que ainda permanecia entre nós, o que não me dava certeza se eu poderia chamá-la de tal forma.
- Oi, pode falar – ela murmurou, parando no meio do caminho e virando seu corpo para mim.
A encarei por segundos que pareceram intermináveis até que, de uma fonte totalmente desconhecida, consegui um pouco de coragem para perguntar aquilo que eu tanto gostaria de saber:
- Por que você não passou a noite em casa?
Demetria devolveu meu olhar, dividido entre a incredulidade e, se não me engano, insegurança também.
- Temos regras aqui dentro, não temos? – ela perguntou retoricamente, subitamente adquirindo uma pose de indiferença, enquanto colocava uma bolinha colorida na boca. – Você não traz nenhuma garota para dormir aqui, e eu não trago nenhum cara. Eu estava apenas obedecendo a essa simples norma. 
- Hm, entendo. Eu apenas tinha ficado um pouco preocupado – articulei as palavras para dentro, mal conseguindo entender o que eu mesmo estava realmente tentando dizer. 
Demetria apenas me olhou, sorrindo levemente, mas sem nenhuma emoção, e voltou a seguir seu caminho, enquanto eu sentia a raiva preencher as partes de mim que ainda não haviam sido abatidas pela paranóia. 
Ela havia dormido com outro cara, isso era bastante óbvio. Ela não havia dito isso claramente com todas as letras, mas sua sutil insinuação havia sido muito mais do que eu poderia aturar. E o pior de tudo é que ela não estava com cara de arrependida, não parecia ter tido uma péssima noite. Na verdade, ela estava tão linda e radiante quanto sempre esteve, exalando sensualidade por todos os seus poros enquanto eu admitia meu fracasso silenciosamente. 

Ou talvez não. Não era momento para aceitar uma derrota, já que nem tudo estava perdido ainda.
Devo confessar que morar com uma mulher tem me transformado num alguém um tanto dramático. Mas eu sou um homem. Oh, sim. E farei questão de lembrá-la disso em poucos minutos, quando ela resolver que é a hora de organizar a casa para recebermos nossos amigos dos tempos de escola.
Levantei-me do sofá num pulo, sentindo uma súbita motivação substituir os sentimentos negativos de minutos antes, dando espaço para a excitação e a expectativa do que iria acontecer. 
No caminho para meu quarto, pude escutar o barulho do chuveiro sendo ligado dentro do banheiro, fato que não fez nenhum bem à minha saúde mental. Eu podia sentir os tremores descerem por minha espinha enquanto o calor subia por minhas pernas, ambas as sensações chocando-se e instalando-se no mesmo lugar, enquanto imagens absurdas de Demetria completamente nua no chuveiro assolavam minha mente sem nenhum pudor.
Eu estava quase considerando a possibilidade de tomar um banho gelado no inverno de -1º que se apossava de Londres sem compaixão. O máximo que poderia me acontecer seria eu adquirir uma hipotermia; a morte era apenas uma incerteza. Veja bem, sou um otimista de primeira.

Minutos depois, ouvi o barulho da água finalmente cessar e minhas mãos suaram de ansiedade enquanto eu, mais uma vez, voltava para o momento onde eu me sentia como um adolescente pronto para transar pela primeira vez. 
Peguei minha toalha pendurada sobre a porta e segui até o banheiro, dando de cara com uma das imagens mais excitantes da minha vida. Demetria estava deliciosamente embrulhada em uma toalha branca, os cabelos presos em um coque mal feito e os pingos de água escorriam pela região de seu pescoço e clavícula, lugar que tomou toda a minha atenção quando percebi uma solitária gota escorrer por entre os seus seios, e oh Senhor, como eu gostaria de saber aonde ela morreria, afinal. 
Engoli em seco ao que retornei meu olhar para seu rosto, e pude ver sua expressão carregar uma interrogação que exigia uma resposta que eu talvez não tivesse. Em função disso, da minha falta de argumentos e do excesso de silêncio, Demetria apenas seguiu seu caminho até seu quarto, enquanto eu adentrava o banheiro, sorvendo o cheiro da água de colônia que ela sempre usava e entorpecia todos os meus sentidos.

Não sei por quanto tempo fiquei ali, embaixo do chuveiro, tentando acalmar meus hormônios sob o jato de água quente e planejando métodos de sedução completamente infalíveis. Eu havia desistido totalmente da idéia do banho frio, afinal de contas, eu não sou nenhum tipo de masoquista ou algo do gênero. Mas não reclamaria se a Demetria quisesse me dar uns tapas, uh. 
Ri com isso, afinal, eu tenho uma mente terrivelmente afiada e criativa, e desliguei o registro, sentindo um pouco de frio ao embrulhar-me na toalha azul, tentando seguir para o quarto o mais rápido que pude para me confortar na temperatura quente do aquecedor. 
Já era mais de seis horas da tarde, fato que me assustou bastante, me levando a indagações internas sobre quanto tempo havia se passado desde a hora em que Demetria chegou, até o momento presente. Parece que bastante tempo havia se passado, pelo jeito. 

Não perdi muito tempo escolhendo uma roupa, mesmo que eu quisesse usufruir de todos os artifícios possíveis para seduzi-la. Ficar analisando minuciosamente as reações que cada peça de roupa provoca em seres do sexo feminino definitivamente não é para mim. Eu tenho estilo, e sei me vestir, dois fatos comprovadíssimos, mas essas análises mais profundas eu deixo para os interessados em moda. Eu estava apenas interessado em vestir minha camisa preta e um jeans que combinasse com o meu coturno marrom. Borrifei um pouco do perfume preferido da Demetria, um que ela havia me dito que gostava de sentir em homens. E então, eu finalmente me preparei para o que viria a seguir. 
Caminhei calmamente até a sala, tentando controlar o turbilhão de sensações que haviam se apossado de mim e faziam meus hormônios borbulharem em meu interior. Encarei a imagem de uma pessoa pequena, usando apenas um vestido de malha bem solto branco, com pantufas em seus pés. Ela com certeza só estava usando aquela roupa enquanto preparava a casa para a ocasião. Ela sempre fazia isso, sempre deixava os trajes para o último minuto. 
Acompanhei-a mover-se rapidamente da sala para a cozinha com o olhar, observando-a agachar-se levemente para colocar duas pizzas no forno. Logo ela voltou, com uma garrafa de vinho e outra de champagne nas mãos, colocando-as sobre a mesa já delicadamente enfeitada por ela com laços vermelhos e dourados. 
- Você não vai me ajudar? – Ela virou-se para mim subitamente, colocando as duas mãos na cintura e adquirindo uma postura mandona que me fez tremer de excitação.
Deixando um breve riso de escárnio escapar por entre meus lábios, eu caminhei até ela, sem dizer uma só palavra. Ela sabia bem o que aquele silêncio significava, e ele estava carregado com as minhas perversas intenções, que pairavam no ar preenchendo toda a atmosfera do ambiente. 
Sem mais, eu entrelacei nossos dedos, segurando suas mãos firmemente com as minhas, enquanto a empurrava com delicadeza até a parede mais próxima. Suas íris me encararam, espelhando o desejo das minhas, e eu encostei as costas de suas mãos sobre a parede gélida, sem soltar nossos dedos, até que eu finalmente aproximei meus lábios dos dela. Seus olhos se fecharam, não agüentando a perigosa proximidade na qual nos encontrávamos e eu a torturei com o roçar de minha boca na sua, sem concretizar o beijo. Ela soltou o ar pesadamente contra meu rosto, me fazendo sorrir quando seus dedos se curvaram sobre os meus num claro sinal de impaciência. Encostei meu nariz na ponta do seu, deslizando-o lentamente por sua bochecha e fazendo movimentos circulares ali, para poder escorregá-lo por seu pescoço, arrancando um gemidinho delicioso da garganta dela. 
Joe... – ela grunhiu, totalmente entregue a mim, e a falta de som em seu tom de voz provocou em meu corpo a reação mais óbvia possível. 
Venci a mínima distância que nos separava de um beijo, e colei meus lábios nos dela, sentindo a maciez deles aguçarem os meus sentidos. Tracei-os com minha língua, pedindo a ela permissão, a qual foi facilmente cedida, para aprofundar nosso beijo. Sua língua quente acariciou a minha e eu me lembrei de como seu beijo era quente e extremamente sensual, mostrando o quanto ela era devota àquele simples ato que me fez endurecer entre as pernas. Aos poucos, fui soltando suas mãos, necessitando deslizar minhas palmas por seu corpo, a fim de me recordar de cada curva dele, e o único som que se fazia ser ouvido eram os estalos deliciosos que nossos lábios provocavam em função do beijo sedento e cheio de tesão. 
Minhas mãos deslizaram precisamente pela parte interior de seus braços, seguindo para a lateral de seu corpo, sentindo cada curva se moldar deliciosamente sob meu tato e finalmente me detive em seus quadris. Aproximei-a de mim, e a senti gemer sofregamente entre nosso beijo quando o volume sob meu jeans esticado roçou contra sua intimidade protegida apenas pelo vestido de malha e a calcinha. Céus, eu mal havia começado com tudo aquilo e já precisava me livrar de nossas roupas desesperadamente. 
Deixei que meus dedos atrevidos escorregassem pelo relevo avantajado de seus glúteos macios e redondos, deliciando-me com aquela parte dela que, definitivamente, era uma das minhas favoritas. Aproveitei-me dela por mais um curto período de tempo, sentindo suas unhas delicadas e não tão compridas deslizarem por minha nuca prazerosamente, fazendo com que eu gemesse dessa vez. Minhas mãos desceram o suficiente para que pudessem segurar a parte traseira de suas coxas com força, a fim de entrelaçá-las ao redor de minha cintura, interrompendo nosso beijo. Demetria ficou ligeiramente mais alta do que eu, e só então eu pude perceber, agora que encarava seus seios tão de perto, que ela não usava sutiã. Tremi ao perceber os mamilos rígidos pressionados contra o fino tecido branco, convidando meus lábios a dar um passeio por ali. Minha resposta foi um grunhido quase animalesco que escapou de meus lábios no mesmo momento em que eu dava alguns passos até o aparador de madeira, que não se encontrava muito longe de nós, depositando o delicado corpo de Demetria sobre ele. Subi seu vestido até seu quadril, podendo contemplar a lingerie angelical, rosa-bebê com um rendado suave na parte frontal, que cobria sua intimidade. Não pude agüentar nem mais um segundo sequer longe dela, e abri suas pernas para me encaixar ali, sentindo seus braços enlaçarem meu pescoço enquanto seus dentes capturavam lentamente meu lábio inferior. 
Eu estava dolorosamente excitado e precisava de mais. Mais contato, mais atrito, mais proximidade, mais Demetria. 
As pontas de meus dedos deslizaram desde seus joelhos até seus deliciosos glúteos, e a textura macia de sua pele apenas serviu para piorar o meu estado de excitação doentia. Espalmando minhas mãos sobre sua bunda, eu a trouxe para perto de mim com veemência, fazendo com que gemêssemos sincronizadamente quando meu membro duro tocou o meio úmido de suas pernas. 
Demetria me abraçou com força, repousando seu queixo sobre meu ombro e gemendo em meu ouvido a cada vez que eu me esfregava nela. Seus pés, logo após chutarem as pantufas para longe, enroscaram-se em minhas pernas e seu quadril se tornou totalmente submisso ao meu, movimentando-se contra mim ao mesmo tempo em que ela segurava meus cabelos com força, provavelmente tão excitada quanto eu. 
- Mais, por favor – ela choramingou em meu ouvido, parecendo subitamente afobada quando tentou desabotoar minha camisa, descer meu zíper e pressionar meu quadril contra ela, tudo ao mesmo tempo. 
Aumentei os movimentos de minha pélvis, e tirei de suas casas alguns dos botões frontais de seu vestido, revelando seus seios pequenos e macios, não entendendo por que ela reclamava tanto deles. Não havia nada, nada mesmo, de errado com eles. Cabiam perfeitamente em minha boca e tinham um gosto delicioso. E ficavam mais rígidos a cada vez que eu deslizava minha língua por eles lentamente, sugando-os como se eu dependesse única e exclusivamente disso para sobreviver. 

Os gemidos freqüentes que ela soltava ao pé de meu ouvido eram maravilhosos. Os movimentos frenéticos de seu quadril determinavam a velocidade com a qual meu coração batia, e que só aumentou quando ela segurou delicadamente uma de minhas mãos e a colocou dentro de sua calcinha. Úmida, quente, no ponto. Santo Deus, eu não agüentaria nem mais um segundo daquela tortura. 
Comecei a estimulá-la superficialmente, apenas a principio, diminuindo um pouco o atrito desesperado entre nossos corpos. Os gemidos dela tornaram-se mais altos enquanto eu tentava fortemente me segurar para não gozar apenas por olhá-la naquele estado de puro deleite. 

Ding dong. 

E então, a campainha tocou. 
Suas íris estavam levemente avermelhadas e me encaravam com febre, desejo e ansiedade. Ansiedade por um alívio que, embora bem próximo, não chegou. Precisava que ela gozasse para mim, gemesse meu nome alto, se aliviasse em meus dedos. Eu rocei meu indicador contra seu clitóris mais uma vez, arrancando um gemido torturado dela que me pedia por mais. No entanto, a mesma mão dela que havia colocado meus dedos ali dentro, os tirou a contragosto.
- É melhor pararmos por aqui – ela disse rouca, segurando-se suavemente em meus ombros para poder descer do aparador sem cair. Ela segurou a abertura do vestido com uma das mãos, na injusta tentativa de esconder seus lindos seios de meus olhos. – Você poderia colocar o peru no forno para mim, por favor? Acho que as pizzas já estão prontas.
Apenas assenti, minhas ações lesadas e meu cérebro retardado em função da excitação, e então a campainha tocou mais uma vez. Demetria já não se encontrava mais ali, estava em seu quarto, trocando de roupa, e só Deus sabe o que ela estaria fazendo para conseguir liberar aquele orgasmo que permanecia preso dentro dela. Era melhor eu não pensar. 
Numa tentativa de parecer apresentável, abotoei minha camisa enquanto o esforço que eu fazia para tentar desamassá-la era apenas um ensaio. 
Consegui escutar a conversa imatura que ocorria do lado de fora do apartamento e a exclamação que Nicholas soltou ao dizer “Hey, Jonas, pára de se punhetar e abre a porta” provavelmente pode ser ouvida até pelos vizinhos do prédio da frente. 
- E aí, Joe? – Will me cumprimentou, dando espaço para que Nicholas, Cameron, Ben e Stuart também entrassem. 
- Cadê as garotas? – Ben perguntou exasperado, pegando um montinho de castanhas entre seus dedos. 
Claro que seu questionamento havia sido um tanto irônico. Demetria era a única menina em nossa turma, e isso vem sendo desde os tempos colégio.
Bom, não foi exatamente assim.
Nós tínhamos Audrey e Jean, mas elas não eram tão parte do grupo quanto ela. E, de qualquer forma, as duas estavam foram da cidade para passar o natal com a família só Deus sabe em que canto da Escócia. 
A garota está se trocando – respondi, enfatizando o singular da palavra.
- Tem certeza de que ela só está fazendo isso, Joe? – Stuart me lançou um olhar sugestivamente malicioso, e eu arqueei uma de minhas sobrancelhas, fingindo não entender aonde ele estava querendo chegar. – Vocês pareciam estar bem ocupados antes de chegarmos. Aliás, a braguilha do seu jeans ta aberta. 
Eu poderia bancar o falso moralista e dizer que isso me deixou eternamente constrangido. Mas eu não sou hipócrita. Apenas sorri um tanto vitorioso, subindo o zíper de minha calça, me sentindo o cara mais sortudo do universo. Eu estava quase transando – de novo – com a garota mais gostosa do mundo, na opinião de nós sete. Isso era uma espécie de troféu, e eu poderia realmente considerar essa situação como tal, se não tivesse desenvolvido sentimentos tão intensos por Demetria ao longo do tempo. 
E então, eu me dei conta de mais uma coisa. 
Meus dedos estavam sutilmente umedecidos pelo líquido de Demetria. Gemi mentalmente só me lembrar disso, e então, olhando sugestivamente para todos eles, eu os levei até meus lábios, degustando Demetria com um sorriso perverso. 
- Porra Jonas! – Cameron exclamou, socando a mesa. – Pára de jogar isso na nossa cara.
- Seu filho da puta! Vou ter sonhos eróticos com isso. – Nicholas passou as mãos nervosamente pelos cabelos, seu rosto abatido por uma expressão torturada. 
- Hey... ela tava ensopada? – Will perguntou interessado, e eu apenas sorri, sem dizer uma só palavra. – O que aconteceu aqui? Vocês fizeram as pazes?
- Não! – Meu sorriso murchou na mesma hora. – Eu simplesmente a ataquei aqui na sala, ainda há pouco. Teríamos transado se vocês não tivessem resolvido chegar tão cedo.
E antes que qualquer um deles pudesse fazer mais algum comentário, Demetria apareceu na sala, usando um vestido verde rodado e perigosamente curto, cruelmente dividido entre o adorável e o sensual. As sapatilhas delicadas em seus pés completavam o visual, transformando-a no mais delicioso paradoxo de todos: o da menina-mulher. 
Eu tinha certeza absoluta de que qualquer homem daria qualquer coisa só para ter uma garota como ela. Ela era uma garotinha extremamente sexy, o que dava a ela um sutil ar de mulher. Ela só não fazia idéia disso.
- Vocês poderiam ao menos ter a educação de me dar um oi? – ela perguntou, mais uma vez, retoricamente, despertando os sete cérebros masculinos de seus transes nada ortodoxos. 
Todos foram até ela, no intuito de lhe dar abraços calorosos, com a desculpa de que era natal e que devíamos ser mais afetivos quando, na verdade, tudo o que eles queriam era tirar uma casquinha. 
E começamos com o vinho. Do vinho, partimos para o champagne. Dele, seguimos para a cerveja. E voltamos ao champagne novamente. 

- ...e ela simplesmente me deu o fora, sem mais nem menos – Stuart proferiu um tanto desanimado, bebendo qualquer coisa alcoólica que estivesse em seu copo. – Essas mulheres de hoje em dia... Prefiro nem comentar.
- Oh, Stu! – Demetria exclamou, levemente bêbada, e todos os sete conjuntos de músculos masculinos daquela casa estavam tensionados e inseguros. Essa garota era a personificação do perigo quando bêbada, já mencionei. Que poço de sensualidade, meu Deus! – Eu consolo você, não tem problema. 
Dito isso, Demetria levantou-se da cadeira aonde estava e, delicadamente, com a graça de um felino, ela depositou seus lindos glúteos sobre as coxas de Stuart, passando um de seus braços pelo pescoço dele. A expressão dele era impagável, seu corpo estava inteiramente rígido enquanto ele lutava bravamente para resistir aos encantos daquela garota. 

Espera!
Aquela ali é a Demetria, sentada no colo do Stu, dando em cima dele descaradamente, distribuindo beijinhos pelo pescoço dele? Como é que é?
Joe, acho bom você fazer alguma coisa – Ben sussurrou baixinho, sinalizando para o mais novo casal com a cabeça.
Demetria estava tentando me afetar pela segunda vez no dia. E vou te dizer que ela tava conseguindo. Essa garota tem o dom de me tirar do sério. 
A falta de sanidade em meu cérebro e o excesso de álcool em minhas veias me fez agir por impulso. Não sei bem como aconteceu, mas, segundos depois, eu já segurava Demetria fortemente por um de seus braços, arrastando-a até meu quarto.
- Que merda você pensa que está fazendo? – perguntei visivelmente alterado, tirando a taça de vinho de suas mãos. 
- Ta bravinho, Joseph? – ela perguntou em um tom debochado, gargalhando infantilmente. – Eu diria que é ciúmes.
- Mas é claro que é ciúmes, Demetria! – exclamei, colocando a taça sobre a cômoda a meu lado. – Você não pode... Argh, Você não pode simplesmente me permitir fazer o que eu quero com você, e depois fingir que nada aconteceu. 
De repente, eu estava sendo pressionado contra a porta por ela, enquanto a própria passava a chave no trinco, antes de colocar suas mãos em meu corpo. 
- Então vamos fazer do meu jeito – ela sussurrou sensualmente, deslizando lentamente seus dedos até os botões da minha camisa.
Demi, eu... 
- Shh! – Ela repousou seus dedos sobre meus lábios com suavidade, interrompendo minha fala. – Não me deixe perder a coragem. 
Seus olhos me encararam com deslumbramento e insegurança ao mesmo tempo, enquanto eu sentia minha camisa ser lentamente desabotoada. Tremi um pouco ao sentir o vento colidir com minha pele ao que Demetria escorregava suas mãos para meus ombros, mandando minha peça de roupa para o chão.
Seus dedos passearam por todos os centímetros descobertos de meu corpo, e ela ficou na ponta dos pés para poder alcançar meus lábios. 
Nosso beijo iniciou-se tão suave e calmo que eu comecei a sentir dores físicas, não pelo fato de ser um beijo devagar e sim pela extrema perfeição com a qual nossas bocas se encaixaram. Nossas línguas se exploravam, como se estivessem se conhecendo de verdade naquele momento e agora as mãos dela bagunçavam meu cabelo com um pouco de insegurança. 
Ela finalizou o beijo com uma mordidinha em meu lábio inferior, e sua boca escorregou para minha mandíbula e logo em seguida pescoço, fazendo-me encostar a cabeça na porta com um pouco de força. Gemi exasperado quando seus lábios rodearam meu mamilo, plantando uma leve mordida torturante. Demetria riu ao sentir meus músculos se contraírem ao seu toque mais suave, e continuou sua expedição por meu peitoral, provavelmente me deixando marcas. O contato molhado de seus lábios quentes em função do vinho estavam arrancando de mim os últimos vestígios de sanidade, se é que ainda me restava algum. Logo seu rosto estava próximo do meu novamente, e sua boca se moveu sensualmente ao formar suas palavras:
- Tire os sapatos – ela demandou com uma autoridade sutil, fazendo com que os tremores tomassem conta de meu corpo. 
Fiz o que ela pediu, também retirando minhas meias e me preparando para o que quer que fosse que ela estivesse planejando. 
Sua boca voltou a descer por meu corpo, com calma, já que ela queria mesmo me torturar com os beijos, das mordidas, as sugadas, os lentos movimentos de sua língua, e ela se ajoelhou a minha frente. Sim, eu sabia o que viria. Minha ereção tornou-se ainda mais rígida só de me lembrar da maestria com a qual sua boca havia me chupado. Lentamente, ela se desfez de minha calça, e contemplou com desejo e deslumbramento o volume entre as minhas pernas. Meu corpo estava mole, inundado de expectativa, totalmente dormente. Seus dedos delicados seguraram em meu quadril quando ela plantou um beijo na pele abaixo de meu umbigo, arrancando um gemido sôfrego de minha garganta. 
Demi, por favor... – murmurei, tropeçando em minhas próprias palavras. – Eu quero sentir o calor da sua boca em mim. 
Senti o ar de seu riso nasalado contra minha pele e seus dedos não se demoraram na tarefa de abaixar minhas boxers pretas. Demetria segurou meu membro com delicadeza, fazendo uma breve movimentação sutil segundos antes de dar um selinho sobre minha glande. Grunhi com o contato e fechei minhas mãos em punhos cerrados quando senti sua língua percorrer toda a minha extensão. Como ela era boa nisso!
Logo seus lábios já rodeavam meu membro ereto enquanto suas mãos massageavam a base, fazendo meu sistema nervoso entrar em erupção. Meus olhos estavam fortemente fechados e meus dentes prendiam meu lábio inferior entre eles, causando uma leve dor. Meus dedos estavam embrenhados em seus cabelos macios, sentindo a movimentação de sua cabeça me causar uma prazerosa arritmia. Seus lábios iam e vinham e eu precisei abrir meus olhos, apenas para dar de cara com a imagem excitante de meu membro entrando e saindo deles. Eu bati a cabeça na porta novamente, decidindo que aquilo era muito mais do que eu podia suportar, e eu gemi alto, sem me importar com as visitas na sala. Eu estava quase lá. O formigamento gostoso já havia tomando conta da minha região pélvica e se concentrado exclusivamente em minha virilha. Eu já conseguia sentir meu pré-gozo saindo, e o barulho dos lábios de Demetria apenas colaborando para que meu orgasmo se aproximasse.
Finalmente, meu interior explodiu em pedaços e eu morri. Uma leve cegueira tomou conta de mim, e eu tive a certeza de que meu coração batia tão rápido que eu mal conseguia sentir suas pulsações. A dormência e o prazer me possuíram sem permissão, provocando um gozo magnífico. Todo o meu prazer estava fluindo para fora de mim, provocando a tensão em todos os meus músculos para que estes, segundos depois, relaxassem deliciosamente. Eu voltei à vida minutos depois, conseguindo encarar uma Demetria de bochechas e lábios rosados, cujas extremidades ela limpava cuidadosamente com os dedos. 

Não suportei!
Era demais para mim ter de olhá-la e não pensar nas deliciosas atrocidades que eu poderia fazer com aquele corpo. 
Segurei seu rosto entre minhas mãos, a sensação de alívio causando-me o contraditório efeito de brutalidade. 
Meus lábios estavam desesperados não só pelos seus, mas sim por cada pedaço dela. Eu a beijaria em todos os lugares possíveis e alcançáveis, a comeria do jeito que eu bem quisesse, até que eu caísse em minha cama, cansado demais para sequer raciocinar. 
Meus dedos procuraram pelo zíper de seu vestido, encontrando-o na lateral esquerda. Seu corpo estava finalmente desnudo em minhas mãos, que não se cansavam de abusar de suas curvas.Demetria apertou meu quadril com força, aproximando nossos corpos ainda mais, fazendo com que eu sentisse seus mamilos rígidos e tenros contra meu peitoral musculoso. Minhas mãos desceram de encontro a seus seios, apertando-os sem piedade, e ela separou nossos lábios para soltar um gemido de prazer. Continuei minha massagem, ensandecido, e fui andando com ela até a cama, jogando-a sobre o colchão sem delongas. Me coloquei sobre seu corpo, esquecendo meus modos delicados e atacando seus seios com meus lábios enquanto ela fazia o favor de arrancar alguns fios de meu cabelo. Suguei um de seus mamilos, enquanto beliscava o outro entre meus dedos, recebendo o arqueio de suas costas como uma resposta positiva. Mordi o bico rosado, deixando um rastro quente de saliva enquanto dirigia minha boca até o outro seio e minha mão escorregava por entre nossos corpos incrivelmente suados. O algodão de sua calcinha encontrava-se muito mais ensopado do que antes, e eu soltei um gemido longo e doloroso sem tirar seu seio de minha boca. Demetria estava molhada por minha causa. 
Esfreguei meu membro contra sua intimidade, sentindo sua umidade contra minha rigidez crescente. Meus lábios continuaram a descer, parando em seu umbigo para que eu o rodeasse com minha língua, e eu apenas brinquei de abaixar sua calcinha, a fim de torturá-la. 
- Vai logo, Joe! – ela exclamou torturada, com os olhos fortemente fechados e o corpo movimentando-se contra mim em busca de fricção. – Eu... Eu não agüento mais. 
Eu pude perceber isso.
Meus dedos afastaram o tecido de sua calcinha para o lado e a extrema lubrificação me fez perceber o quanto ela estava excitada. Movi meus dedos num vaivém delicioso, sentindo Demetria rebolar contra eles num pedido mudo por velocidade. Eu a penetrei com dois deles, deixando que meu polegar acariciasse seu clitóris inchado e ela gritou. Ah, sim, gritou! E gritou o meu nome!
Sua mão segurou em meu punho com força, tentando aumentar o ritmo das penetrações e eu sorri, deliciando-me com a imagem de uma Demetria completamente descontrolada. 
- Mais... Mais... – ela tentou formar frases coerentes, mas seu estado de pura excitação apenas permitiu que ela proferisse sentenças monossilábicas. 
Dei uma última e forte investida antes de parar com as penetrações. Demi levantou seu pescoço, pronta para brigar comigo, mas meus dedos deslizando sua calcinha por suas pernas brilhosas e macias interromperam sua fala, e ela finalmente entendeu o que estava por vir. Apenas para deixá-la ainda mais louca, lambi sua virilha lentamente antes de dirigir meus lábios à sua intimidade molhada. Eu a suguei, estimulando seu clitóris agora com minha língua enquanto ela tentava alcançar meus ombros para poder arranhá-los. Eu sabia que ela já estava pronta para gozar. Um pouquinho mais e eu absorveria todo o seu prazer para mim.
As pontas de meus dedos escorregavam continuamente por suas virilhas e ela começou a guiar os movimentos de minha cabeça com as suas mãos, também movimentando-se contra mim. Um último gemido ecoou pelo quarto com veemência antes de Demetria derramar-se em minha boca e descansar sobre a cama, agora devidamente relaxada. Eu conseguia escutar sua respiração ruidosa tentando se normalizar aos poucos, e agora seus dedos acariciavam meus cabelos com calma. Dei uma última sugada nela, sorvendo todo o seu orgasmo. 

Subi por seu corpo, distribuindo beijos carinhosos desde sua coxa até queixo, finalizando com um selinho em seus lábios. 
Eu estava duro de novo, meu membro apontando para sua intimidade enquanto tudo o que eu queria era a plenitude de estar dentro dela. Com um único olhar, Demetria entendeu o que eu queria, e me puxou para um beijo que eu certamente poderia chamar de apaixonado. Nossos lábios tocavam-se com desespero, e inconscientemente eu rocei nosso órgãos mais uma vez, fazendo com que ambos gemessem. 
Joe... Eu... – ela começou a dizer, e suas bochechas coraram violentamente de vergonha dessa vez. – Eu quero tudo isso dentro de mim. Agora, por favor...
Como não obedecer a um pedido desses feito pela garota por quem você está apaixonado?
Estiquei-me sobre ela, alcançando o criado mudo com uma de minhas mãos e retirando de dentro da gaveta uma embalagem plastificada. Eu a rasguei com os dentes, atirando-a para algum lado de meu quarto e deslizei o preservativo calmamente por meu membro. Deitei-me sobre ela novamente, colando cada centímetro de nossos corpos e, olhando fundo em seus olhos, eu a penetrei, sentindo seu interior quente me apertar. Demetria gemeu com os olhos entreabertos, segurando fortemente em minha região lombar enquanto eu começava uma movimentação rápida, apenas para diminuí-la segundos depois.
Jonas, pára de me torturar! – ela exclamou agarrando meus glúteos numa tentativa de acelerar minha movimentação. 
Sorri, movendo meu quadril o suficiente para que eu pudesse sair dela por completo, e retornar para dentro segundos depois com força e precisão. 
Eu ainda queria provocá-la, mas minha necessidade de tê-la era ainda maior. Eu precisava dos toques desesperados e do atrito de nossos corpos mais do que precisava de qualquer outra coisa. 
Meu corpo movia-se sobre o dela com exatidão, confirmando todas as teorias que eu havia criado sobre o fato de nosso encaixe ser perfeito. Realmente era. Não existia nada no mundo que pudesse dizer o contrário. Nossos corpos entravam em harmonia juntos, compartilhando da mesma ardência e desejo. Desci minha boca para seus seios, sugando-os mais uma vez, distribuindo mordidas que os deixaram levemente avermelhados. Não consegui ficar por muito tempo ali.
Que presente de natal, meu Deus!
Demi, mais um... pouco... – eu gemi, entrando e saindo freneticamente, sem mais conseguir controlar minhas reações instintivas. 
- Oh, sim... eu... eu também. – Ela fechou os olhos, arranhando minhas costas e me puxando para um beijo, tão louca quanto eu. 
Nossas línguas não conseguiam corresponder às nossas intenções, nosso beijo não funcionou exatamente. Nossos lábios apenas permaneceram encostados enquanto os gemidos escapavam deles sem controle, anunciando a proximidade de nosso orgasmo, mais uma vez. 
Eu investi com mais força, alcançando mais fundo dentro dela e sentindo medo de não conseguir me segurar. Queria gozar junto com ela, como fizemos da outra vez.
Joe... eu estou... quase... lá.
Parecia que nossas mentes estavam interligadas, além de nossos corpos.
Demetria apertou-se ao meu redor, anunciando seu orgasmo intenso, e eu finalmente deixei vir, tendo meu ápice junto ao dela. 
Seus seios movimentavam-se freneticamente em função de sua respiração desregulada, e roçavam gostosamente em meu peito. 
Seus dedos desenhavam figuras abstratas em minhas costas, e eu plantei um beijo carinhoso por sua testa, saindo de dentro dela. 
Caí a seu lado na cama, retirando o preservativo e tomando os devidos cuidados antes de atirá-lo á lata de lixo. Quando me voltei para Demetria novamente, a expressão devastada em seu rosto me fez entrar em pânico. Tínhamos algo para esclarecer.
- Por que você fingiu que nada aconteceu, Demi? – perguntei cauteloso, segurando seu queixo de forma que ela olhasse para mim.
- Eu... eu senti medo – ela admitiu, envergonhada. – Eu te conheço desde os meus 14 anos e... Eu sei como você é; sempre soube. Você não namora, Joe. É adepto do sexo casual, cada noite é uma garota diferente. E eu me senti só mais uma nos seus braços. 
- Não diga uma coisa dessas, por favor. – Segurei seu rosto entre minhas mãos, forçando-a a olhar em meus olhos. – Não foi nada disso. Você é a garota que eu sempre quis. Desde os meus 14 anos. 
- O quê? – ela perguntou um tanto incrédula. – Você nunca se apaixona, Joe. Nunca se apaixonou...
- Me apaixonei sim... Me apaixonei por você, e isso já deve ter uns 5 ou 6 anos. 
- E por que você nunca me disse, seu idiota? – Demi deu um leva tapa em meu braço, sem poder evitar sorrir.
- Medo de trocar a segurança que eu tinha na minha vida sem compromisso por algo que eu não sabia se teria alguma correspondência da sua parte. – Acariciei seu rosto com carinho, vendo-a fechar os olhos. – Bem patético eu ter alguma segurança numa vida sem um relacionamento sério, mas era assim que eu me sentia. 
- E agora você se sente seguro em saber disso? – Demetria olhou para baixo, corando de vergonha mais uma vez.
- Disso o quê?
- Que eu também te quero, oras – ela articulou as palavras de um jeito graciosamente infantil e adorável, me fazendo rir. – Não me faça ter que repetir isso.
- Eu não o farei, não se preocupe. – Continuei rindo, trazendo seus lábios para um rápido beijo. – E sim, eu me sinto extremamente seguro em saber que você me quer também.
- Mas não conta pra ninguém, tá? – sussurrou baixinho, como se aquilo fosse segredo.
- Sem problemas – eu devolvi no mesmo tom, e então, adormecemos gostosamente sobre meu colchão.

Joe! Joe, acorda! – Senti alguém me chacoalhar pelos ombros, e chamar meu nome continuamente. – Joe, seu bunda mole. 
- Experimenta me acordar de outro jeito. – Sorri malicioso, mantendo meus olhos fechados.
- Ô Cristo, são onze e cinqüenta e nove da noite, Joe! É natal!
Levantei exasperado, perguntando a mim mesmo por quanto tempo havíamos dormido e se os meninos ainda continuavam na sala.
- Os meninos devem estar esperando a gente, vamos! – Demetria segurou em minha mão, puxando-me para longe da cama, já embrulhada no lençol branco que cobria dos seios para baixo. 
- E eu vou assim pra lá? – apontei para o meio de minhas pernas, sem saber o que fazer.
Ela retirou o lençol que forrava o colchão e o entregou a mim, de forma que o amarrei em minha cintura. 
Corremos pelo corredor, já ouvindo as exclamações embriagadas de Will, Nicholas, Cameron, Ben e Stu. 
- Esperem aí! – exclamamos em uníssono, correndo até eles para pegar uma taça de champagne também.
Com um pouco de custo, conseguimos manter a taça segura em uma de nossas mãos enquanto a outra mantinha o lençol firmemente pressionado sobre nossos corpos.
- Feliz Natal! – todos nós dissemos, brindando e bebendo o líquido logo depois. 
E, por algum motivo, eu acabei me lembrando da frase “Beber sem brindar, sete anos sem dar”. Ainda bem que todos ali conhecem a regra.
- Hey! – Nicholas exclamou, já com a taça vazia nas mãos. – Vocês não vão se vestir?
Apenas sorri em resposta.
Vestir roupas para quê, quando se pretende passar o resto da noite de Natal fazendo sexo com a sua futura namorada?


FIM


Roommates é separada em parte 1 e parte 2, e aqui está a parte 2.
Irei planejar qual fic postar agora :D
Mesmo não tendo ninguem comentando... Tchau

Um comentário:

Sem comentario, sem fic ;-)